SALVE IEMANJÁ!
- Alexandra Mettrau
- 2 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de mar. de 2022
Hoje o dia está cheio de 2: 2 do 2 de 2022. Número da polaridade, quando o 1 se divide.
No segundo dia Deus separou as águas que estavam acima e as águas que estavam abaixo, criando o firmamento. A substância do mundo era água. É na água que a vida começa. Também na explicação científica da origem do universo e do mundo, a partir de um determinado momento, nas águas é que surgem os primeiros organismos vivos unicelulares.
Porque existe separação, dualidade, o feminino e o masculino surgem e podem procriar, criar vida, o todo, o uno, a partir de seu encontro, de sua re-união. A água feminina que gera a vida, ao ser fecundada pelo firmamento masculino.
Em todas as religiões e mitologias, o feminino é a expressão da geração e nutrição da vida; da mãe terra, que irrigada, fertilizada, gera e nutre a vida. É também a expressão da beleza e do acolhimento que escuta, ouve. Silencia para receber.

É bastante significativo que 2 do 2 (2 de fevereiro) seja dia de Iemanjá. A orixá de longos cabelos, rainha do mar e mãe de todos. A deusa que gera, nutre e protege a vida. Através da água também, as substâncias se misturam. Iemanjá é então essa mãe que não diferencia raça, credo, gênero. A bela mãe universal.
E hoje, 2/2/2022, uma data que tem cinco 2 e um zero, como numerais, fico me perguntando que tão especial característica feminina teremos este ano, em que na comemoração da mãe universal, o número da dualidade, da polaridade, da separação que proporciona a união, esteja tão presente. Mas, com um zero no meio, o zero, o vazio, o nada: o útero onde pode nascer o novo.
Que Iemanjá nos traga toda a doçura e fertilidade que precisamos para gerar nova vida após 2 anos de pandemia!
Salve Iemanjá!
IMAGEM
Odilon Redon - O Nascimento de Vênus
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